O estudo das literaturas africanas no ensino de teoria da literatura
Autora: Anita Martins Rodrigues de Moraes
Pretendo, em minha fala, propor que a abordagem de conteúdos relativos às culturas e literaturas da África nos cursos de Letras pode ser a oportunidade de uma reavaliação crítica dos currículos e modelos teóricos vigentes, justamente porque os cursos de Letras têm desempenhado historicamente um papel nada insignificante na promoção de uma ideia de superioridade cultural europeia ou ocidental e participado, assim, da consolidação de uma supremacia branca, particularmente no Brasil. Tratarei, nesta discussão, de momentos de minha trajetória como estudante de Letras na Unicamp e como professora de Teoria da Literatura na UFF, relatando experiências vividas por mim em sala de aula e buscando discuti-las tendo em conta o diálogo travado com estudantes.
A aula sacrificada
Autora: Carolina CS
Entre todos os desafios do ensino de uma disciplina indisciplinada/indisciplinável, como é ou como deveria ser a literatura, a professora se encontra em meio a demandas de ordens tão diversas quanto aquelas colocadas por um ambiente de trabalho materialmente precário; uma cidade, aquela onde se localiza a faculdade de Letras, urbanisticamente caótica; burocracias de todos os níveis e todos os escopos; e questões psicológicas individuais (de um/a aluno/a) e coletivas (de um grupo) com as quais, talvez, não possa, nem saiba lidar. Nesta apresentação, gostaria de abordar um certo estrangulamento do trabalho intelectual e a falta das condições para que ele aconteça. Quais seriam essas condições? Elas já existiram ou trata-se de nostalgia por uma condição desde sempre idealizada? Que significado tem a universidade e faculdade de Letras no Brasil e no Rio de Janeiro, em 2024? Se é verdade que a universidade é, hoje, mais aberta, democrática e plural, que contradições essa situação comporta? E quais são as consequências para a professora que é, ainda, pesquisadora? Tendo, um dia, esperado que as aulas comportassem um antes e um depois que as expandissem em um contínuo aprendizado da própria professora, o que acontece quando ela é sacrificada ao mínimo possível?
Antologistas em sala de aula: por uma pedagogia do fazer coletivo
Autora: Claudete Daflon
(UFF / CNPQ)
Pretende-se colocar em discussão experimentos de ensino de poesia brasileira contemporânea realizados no curso de Letras da Universidade Federal Fluminense, na cidade de Niterói - RJ, entre 2017 e 2023. As experiências com turmas de licenciatura envolveram a elaboração de antologias poéticas pelos/as estudantes, de início como instrumento de avaliação e, em turma de 2022.1, também como estrutura de curso. Diante do valor didático e do caráter normativo habitualmente atribuídos às antologias, buscou-se rever a instrumentalização pacificada desse tipo de publicação. Para esse fim, as experiências pedagógicas exigiram refletir sobre a sua constituição e função como material de apoio; tratar a antologia como objeto de apreciação crítica; incorporar a prática do antologista, em sua força criativa e crítica, à atividade docente; construir relações coletivas de trabalho com leituras compartilhadas e seleção de poemas; assim como explorar práticas editoriais implicadas na realização de coletâneas de poesia. No processo de leitura, seleção, organização e consideração crítica de obras publicadas recentemente por poetas brasileiros/as, o reconhecimento da parcialidade inerente a qualquer antologia permitiu desestabilizar a dimensão normativa, bem como explorar o potencial criativo do deslocamento da atuação como leitor/a em direção ao trabalho crítico como autor/a e vice-versa.
Em busca do pó mágico de Roland Barthes
Autora: Claudia Amigo Pino
(USP)
Nesta apresentação, devo mostrar as aplicações práticas de uma pesquisa realizada por cinco anos nos manuscritos da Biblioteca Nacional da França, sobre os seminários de Roland Barthes, que foi publicada no livro Apprendre et désapprendre. Les séminaires de Roland Barthes (2022). Durante essa pesquisa, tentamos entender as bases do pensamento sobre didática de Barthes e as diferentes estratégias (escolha de temas, preparação das aulas, participação de alunos) propostas por ele, especialmente nos últimos seminários, que chamamos "os seminários mágicos". Desses seminários destacamos três estratégias: a busca do não-saber, o desdobramento do professor e o jogo de passa-o-anel, que aplicamos em três cursos diferentes na habilitação de francês na Universidade de São Paulo: Romance francês 2 (em 2018) e Narrativa francesa (2023 e 2024).
A literatura em perigo? Talvez só na sala de aula.
Autora: Daniel Teixeira da Costa Araújo
(UnB)
Ao convite feito para pensar as contradições que surgem de tentativas de se ensinar a subversão, respondo com uma analogia: a literatura está para o carnaval assim como a sala de aula para o desfile na Sapucaí. O desfile das escolas de samba talvez seja o que há de menos carnavalesco no carnaval brasileiro: pontos, regras, competição, alinhamento. Com essa analogia, gostaria de jogar luz sobre a espontaneidade do gesto da leitura literária em contraponto ao enquadramento que a literatura sofre para caber na sala de aula. Trabalho, na Universidade de Brasília, com literaturas de língua francesa em aulas ministradas majoritariamente em francês. Se, por um lado, a literatura coloca os estudantes em contato com culturas francófonas, com outras visões de mundo, outras subjetividades, por outro, o trabalho com uma geração de lê menos literatura tem sido quase que de letramento literário. Além disso, as ementas das disciplinas privilegiam um recorte de cunho historicista, que encontra diversas limitações na prática da sala de aula. Diante disso, a literatura contemporânea, por meio de uma abordagem de ensino de leitura literária e de centralização da aula nos estudantes, tem se mostrado bastante eficaz, sobretudo para tratar de temáticas caras aos estudantes, tais como gênero, raça, sexualidade, e por usar de linguagens mais próximas a eles. Sem, entretanto, nivelar por baixo e a partir de uma exploração cerrada do texto literário, tem sido possível explorar meandros, encruzilhadas e impasses do texto literário. A sala de aula, apesar de tradicionalmente pouco afeita à subversão à qual a leitura literária nos convida, é, ao mesmo tempo, o espaço de garantia da sobrevivência da literatura para além das forças do mercado, daí a necessidade de nossa atenção generosa.
“Eu prefiro contar uma história real / Vou contar a minha”: relato autobiográfico, negro drama e reparação
Autora: Fernanda Silva e Sousa
Com as ações afirmativas nas universidades brasileiras, muito se discute sobre a mudança do corpo discente no ensino superior, com uma entrada maior de alunos negros. Ora vistos como culpados pela suposta decadência das universidades, ora vistos como responsáveis pela transformação do espaço acadêmico, o que eles pensam, sentem, imaginam, desejam permanece como uma questão em aberto na medida em que não se cria estratégias de interlocução em que suas histórias possam ser narradas. Nesse sentido, com base no relato da minha experiência como professora de comunicação num curso de extensão voltado para prounistas negros do curso de Direito, defendo que todo começo de aula pode ser uma oportunidade narrativa para aqueles cujas vidas não apenas importam, mas também suas histórias, de modo que o ensino de literatura pode ser uma forma de reparação.
Formas literárias, formas de ensinar
Autor: Fernando Viotti
(DTLLC/FFLCH-USP)
A experiência em sala de aula e o intercâmbio com alunos de primeiro ano no curso de Letras da USP, impõe desafios e problemas para os quais algumas das soluções possíveis mimetizam, no ambiente de ensino, formalizações típicas da linguagem literária, como as construções ficcionais inconclusas, a permanência dos dilemas indecidíveis ou as associações imagéticas arbitrárias capazes de aproximar através da linguagem aquilo que parece irremediavelmente separado na realidade concreta. Da necessidade de mostrar a relevância do que ensinamos, às incertezas trazidas por novas ferramentas como o ChatGPT ou o CoPilot, passando pela ansiedade dos alunos diante de um saber sempre em movimento e aberto, evidenciar as respostas provisórias e os experimentos de pensamento que a própria forma literária oferece é um caminho fértil e estimulante para a construção conjunta sempre em jogo na duração de uma aula.
A professora e a leitora: mulheres como indutoras da escrita
Autora: Gisela Bergonzoni
(Unicamp)
Ao longo dos Diários de Emilio Renzi, Ricardo Piglia menciona várias mulheres que tiveram um papel central em seus inícios como escritor: a professora do Fundamental, a colega do Ensino Médio, a mãe. As mulheres ensinam os escritores também através da sua leitura, como Felice Bauer imaginada por Kafka em seus diários ou como Anya, a datilógrafa de um romance/diário de Coetzee. Após examinar as escritas do eu em Piglia, Kafka e Coetzee em sala de aula, as figuras femininas indutoras e receptoras da escrita de autores homens se voltaram para mim como um espelho estranho. Proponho uma reflexão sobre como se constroem as figurações da mulher-professora e mulher-leitora em diferentes contextos de ensino, notadamente a partir da experiência de um curso de graduação em que os alunos escreveram um diário como trabalho final.
Literatura greco-romana e temas controversos na prática docente universitária
Autora: Greice Drumond
(UFF)
No contexto universitário, a inserção de temas transversais nas ementas das disciplinas de literaturas clássicas amplia o debate de tópicos sensíveis que, quando aprofundados, podem contribuir para a formação de leitores críticos e cidadãos conscientes dos problemas da sociedade brasileira. Desenvolvemos a análise de nossa prática docente sob a perspectiva que Yun Lee Too (1998, p. 15), em Power and Pedagogy: Rhetorical of Classical learning, delineia em sua definição do papel dos estudos clássicos na educação contemporânea, quando considera que “a área de clássicas pode ser deslocada de sua posição como um assunto de ‘elite’ que exclui vários grupos (mulheres, minorias, estudantes mais velhos) e ser restabelecida como uma disciplina mais democrática e plural que pode ajudar a fortalecer grupos menos empoderados.”
Literatura e devir na sala de aula: "the epiphany of knowing" em Stoner (1965), de John Williams
Autora: Letícia Costa Feiteira
(USP)
Esta comunicação propõe uma análise do processo de transformação da personagem William Stoner, protagonista do romance Stoner (1965), de John Williams, a partir do inquietante contato com a disciplina de literatura na universidade. Nascido sob as imposições do trabalho e oriundo de uma família marcada pela vida rústica do campo, Stoner enxerga na oportunidade de estudar Ciências Agrárias a ascensão que possibilitaria uma melhor condição para o futuro de sua família. Contudo, a descoberta da literatura, através do encontro decisivo com o professor Archer Sloane, reestrutura a trajetória da personagem, conduzindo-a a uma nova percepção da realidade, esta não mais marcada pelo utilitarismo que o alienava da fruição da vida. À luz da concepção freiriana de educação libertadora (1985), na qual o ato da pergunta instaura a construção conjunta do saber, e da visão de literatura como uma experiência longe de ser "inofensiva", de Antonio Candido (1988), busca-se examinar o momento da travessia no romance: a leitura do soneto 73, de Shakespeare, em sala de aula, e a interpelação de Sloane, cujos desdobramentos farão Stoner descobrir a existência de algo – espécie de chave – que pode ser alcançado para dar sentido à literatura e, por extensão, à vida.
Laboratório de crítica do humanismo das literaturas
Autora: Lúcia Ricotta
(Unirio)
A proposta é a elaboração de uma atividade a ser aplicada a estudantes de uma disciplina sobre reflexão crítica e historiográfica do curso de Letras – Unirio. A partir da leitura de Afropessimismo, de Frank Wilderson III, será realizado um debate sobre como a escrita de um ensaio teórico é redesenhada para assegurar um "mandato do povo negro no maior grau possível". Frank Wilderson foi capaz de se insurgir neste livro contra violências conceituais e estruturais. Nas aulas e encontros que teve com o professor Edward Said, diz que sua "habilidade de explicar relações de poder [...] cresceu rapidamente". Gostaria de estabelecer um percurso crítico para estudantes que partisse da meta-teoria afropessimista de Wilderson. Em seguida, que passasse pela estratégia de luta revolucionária do povo Palestino, por Edward Said e seus estudos pós-coloniais, e chegasse à historiografia de um intelectual alemão e sua experiência na segunda guerra mundial. Said afirma ser Mimesis (1946), de Erich Auerbach, a "prática humanista em seu apogeu", na qual um judeu da diáspora no exílio muçulmano escreveu sobre o legado da representação da realidade na literatura ocidental. Dessa forma, seria proposto às/aos estudantes um exercício de singularização e análise das inter-relações entre os diferentes métodos críticos (Wilderson- Said- Auerbach). Um quadro contrastivo, no qual se procure identificar pontos em comum, diferenciação ou variações desta reunião. O objetivo é pôr em confronto os humanismos e a maneira inconciliável entre negros e humanos por Wilderson, além de criar subsídios para que as/os estudantes-leitoras/es possam debater as implicações das teorias, dos paradigmas de violência e do funcionamento de textos para a vida de uns e para a morte de outros.
Aula de ficção
Autor: Marcos Natali
(USP)
Buscando contribuir para a construção de um arquivo de relatos que permitam o estudo minucioso da sala de aula, incluindo seus personagens, sua materialidade, seus objetos de cena, sua economia libidinal e seus gêneros discursivos específicos, o trabalho reúne um conjunto de cenas que podem ter ocorrido recentemente em salas de aula de universidades brasileiras. O recurso à indeterminação da ficção, como acontece quando as cenas são apresentadas como se fossem esquetes literários, possibilita que surja uma escrita que reconhece e a imprevisibilidade e a singularidade daquilo que ocorre em qualquer aula e ao mesmo tempo é respeitosa do pacto implícito que protege o sigilo dos participantes desse peculiar bloco de espaço e tempo. A proximidade com a ficção também estimula outra forma de ler essas cenas, recuperando exercícios especulativos e práticas hermenêuticas normalmente associados à fábula ou à parábola.
Ir à noite da linguagem: ensino noturno & literatura
Autora: Mariana Ruggieri
(UFC)
A comunicação pretende abordar dois aspectos centrais do ensino de literatura no período noturno – a exaustão e a ausência de tempo para a leitura fora da sala de aula –, vislumbrando modos de torná-los produtivos na sala de aula. Construído como um relato reflexivo, o texto aborda os efeitos produzidos em sala durante a leitura e discussão de textos de Rancière (“O momento qualquer” e trechos de A noite dos proletários), poemas de Walt Whitman e Aimé Césaire, e o conto de Silvina Ocampo, “Os sonhos de Leopoldina”, em que o ócio, o trabalho, o sono e o sonho comparecem à cena, desfamiliarizados.
O corpo em sala/ o corpo em cena
Autora: Paloma Vidal
Partindo de dois textos de Barthes sobre a aula – a palestra inaugural do Collège de France e “Escritores, intelectuais, professores” – em que aparece a palavra paisible (com traduções diferentes por Leyla Perrone-Moisés e Mario Laranjeira, tradutores desses respectivos textos, como "calmo" e "pacífico"), indagaremos alguns momentos em que a calma é perturbada em sala, quando o corpo entra em cena. Trabalharemos a partir de alguns exemplos da literatura, do teatro e do cinema, como a peça Conselho de classe, de Jô Bilac, o filme Entre les murs, de Laurent Candet, e o conto “A carta à Fundação”, de Lydia Davis, e da nossa própria cena de aula, enquanto professora há 15 anos da Universidade Federal de São Paulo.
A ira do plano de ensino
Autora: Susana Scramim
(UFSC-CNPq)
“Blood is money” foi o primeiro curso da pós-graduação de Teoria Literária e Literatura Comparada que Antonio Candido desempenhou no âmbito da disciplina “Política e Literatura”, ministrado no prédio Maria Antonia, ocupado pelos alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em 1968. O plano de ensino do curso organiza com os alunos a leitura de uma das peças de Shakespeare, incluída na Segunda Tetralogia do conjunto de peças que dão conta das Guerra das Duas Rosas (1390-148), trata-se da Tragédia do Rei Ricardo II. Duas décadas após o oferecimento do curso, Candido reaproveita o material e escreve um texto para um congresso da Associação Internacional de Lusitanistas. O texto também foi debatido no evento e na posterior publicação de A ética (1991), organizado por Adauto Novaes.
A proposta da presente análise dos trabalhos do curso “Bloody is Money” tem por princípio tentar compreender o modo pelo qual o seu professor, Antonio Candido, organiza a sua leitura da barbárie gerada pelos golpes ao poder de mando em uma sociedade arcaica, mediante a leitura de uma obra de arte dramático-literária cujo eixo orientador é a pergunta pela legitimidade do poder. Se não lograr o êxito de impor seu ordenamento, esse poder estará suscetível da ação de outros agentes que igualmente poderão recriar outras linhagens de legitimidade. A ira é a grande alegoria dessa ação, pois prevê a aplicação da violência com fins justificados.
A questão da presente análise é associar a alegoria da ira ao processo de construção da leitura da obra literária em situações de ensino. Documento referente ao planejamento das aulas de Antonio Candido faz parte do seu Acervo Textual depositado no IEB/USP.
Pensar pelas costas: notas sobre oficinas e outras atividades de greve estudantil
Autor: Tiago Guilherme Pinheiro
(UFSC)
Qual ato inaugura uma aula? Mais que a fala autorizada, o gesto que está na origem desse processo e o sustenta é a postura dos envolvidos. Designando simultaneamente configuração do corpo e disposição psíquica, a postura atua de forma silenciosa, dinâmica e heterogênea em um espaço de estudos. Propomos então pensar uma breve história das posturas na formação da disciplina de estudos literários. Para tanto, partiremos, às avessas, das imagens de ocupações de escolas e universidades em que carteiras e cadeiras são colocadas em disputada e (in-)utilizadas. Daí que, diante da solicitação por outras formas de se posicionar e constituir corpos (discentes, docentes, técnicos, bibliográficos), perguntaremos sobre a experiência específica de aprendizagem insurgente da greve e das oficinas estudantis que excede a da sala de aula, reivindicando-a pelo lado de fora.
Contar, contar-se: experiências de apropriação das literaturas em língua francesa
Autora: Viviane Araújo Alves da Costa Pereira
(UFPR)
Ensinar literaturas em língua francesa me coloca constantemente diante da questão da apropriação da língua do outro: sentir-se parte desta língua, usá-la para ler a diversidade da experiência de mundo, colocar-se em relação com os textos, os contextos, as gentes. Desejo apresentar algumas experiências de ensino que envolvem o contar: em sala de aula, especialmente na disciplina de literatura moderna e contemporânea em língua francesa, o exercício de contar-se pela auto-foto-biografia; no projeto de extensão Littéramonde, a mediação da leitura literária. Nessas práticas, me parecem determinantes a ampliação do repertório, contemplando textos em língua francesa de fora da França; a expressão subjetiva/autobiográfica; a horizontalidade possível na organização dos cursos.